Inventando pólvora. revista para escuchar. entrevista a representantes de tradiciones censuradas. n1.
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Contra Mestre Janja

Instituto Nzinga de Estudos da Capoeira Angola
e de Tradições Educativas Banto no Brasil

Viva minha Mestre

Inventando Pólvora
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“A gente precisava contrariar essa lógica (que via a capoeira como esporte ou folclore). Isso foi feito através desse princípio: situar a capoeira dentro do legado da cultura dos povos bantos no Brasil. E a partir daí, nos dedicamos a essa dupla militância: dar visibilidade ao pensamento e resistência do Mestre Pastinha e denunciar a hegemonia iorubá.”

Janja iniciou-se no Grupo de Capoeira Angola Pelourinho (GCAP) a princípios da década de 1980. Herdeiro direto de Mestre Pastinha, o GCAP funcionou como o principal elementro revigorador desta arte banto, em um momento em que a capoeira começava a homogenizar-se e perder as suas africanidades. No GCAP, Janja fez-se Contra Mestre e hoje é presidenta do Instituto Nzinga de Estudos da Capoeira Angola e de Tradições Educativas Banto no Brasil (INCAB) e também mestra em educação pela USP, onde atualmente realiza seu doutorado.


Contra Mestre Janja
no segundo Annual FICA Internacional Capoeira Angola Womens Conference. Foto cedida pela FICA

Inventando Pólvora: Você tem mais de 20 anos na Capoeira Angola e recentemente concluiu seu mestrado na USP. Como é chegar neste espaço, elitizado, branco, masculino, vindo de uma outra tradição, que privilegia valores que não são os universitários e tal vez sejam o seu oposto?

Contra Mestre Janja: Quando éramos apenas três grupos de Capoeira Angola na Bahia do início dos anos oitenta e começamos a articular a força do discurso de resistência cultural da Capoeira Angola, uma das necessidades era articular alianças com a universidade. Sou de uma geração de capoeiristas que não teve medo da universidade, ao contrário, nos impusemos a tarefa de forçar a universidade a reconhecer o legado da cultura banto no Brasil. Ainda hoje, fala-se muito da cultura iorubá e existe um esquecimento planejado sobre o legado banto no Brasil.Era fundamental romper com alguns ditames, dentre eles o lugar onde estava posicionado a capoeira na história do conhecimento no Brasil, seja no entendimento das manifestações folclóricas ou seja no das manifestações esportivas. A gente precisava, para contrariar essa lógica, fazer chegar ao mundo acadêmico nossos anseios. Isso foi feito através desse princípio: situar a capoeira dentro do legado da cultura dos povos bantos no Brasil. E a partir daí, nos dedicamos a essa dupla militância: dar visibilidade ao pensamento e resistência do Mestre Pastinha e denunciar a hegemonia iorubá, o segundo modelo de descriminação sobre os povos de outra matriz que não a iorubá, demonstrando o quanto que a formação que essa matriz teve de ideológico, um conteúdo ideológico que se aproximava muito a estruturas de branqueamento (uma das provas disso era a valorização que se fazia destes povos sobre o conhecimento de alguns deles da escrita). Ainda hoje, uma das formas que as organizações de Capoeira Angola tem de fazer a sua ginga é valorizar tudo aquilo que a capoeira moderna, para ganhar a oficialidade, abandonou, e foram abandonados os africanismos. E em muitos momentos não tínhamos instrumentos e necessitávamos uma compreensão com um pouco mais de profundidade sobre, por exemplo, estrutura e organização dos quilombos, nós produzíamos eventos, tínhamos uma pauta anual de seminários e trazíamos professores universitários, produzíamos debates, mesas redondas, enquetes, plebiscitos. E se por um lado a gente buscava um "marketing acadêmico", por outro lado, toda nossa trajetória vem sendo acompanhada por pesquisadores, tanto no Brasil como nos EUA, pesquisadores que há mais de dez nos vêm buscar em nós aquilo que necessitam para as suas pesquisas. Então, estávamos, desde os nossos grupos infantis, envolvidos com essa coisa de estudar a capoeira a través exatamente das coisas da "grande roda", nunca tivemos medo desses debates, como o que você pode ver hoje, cotas para afro-descendentes; plebiscito sobre o sistema presidencial, promovíamos debates todas eleições. O Grupo de Capoeira Angola Pelourinho (GCAP) assumiu, naquela época, este papel de vanguarda. Entendíamos que um dos caminhos políticos para a nossa proposta de capoeira era romper com alguns estereótipos e os estereótipos ligados à ignorância, à não compreensão intelectual das coisas do mundo, desse mundo que entende a capoeira como esporte, tivemos quase uma necessidade vital de recuperar estes campos de entendimento para a capoeira. Para nós, sempre foi muito claro que isso nos distinguia dos "jogadores de capoeira", então quando entrei na Universidade de São Paulo (USP) para fazer um mestrado, tendo um debate sobre um conhecimento de matriz africana, evidentemente, eu, como vários negros, tive também a dificuldade, a tarefa, de primeiro ensinar para essas pessoas sobre o que eu estava falando, para a partir daí ser avaliado. Encontrei uma USP com pouco conhecimento sobre a existência de estilos dentro da capoeira produzidos por grupos que se movimentam por linguagens diacrÍticas e que prima um grupo que sustenta a voz do seu referente e é obvio que nós nos enfrentávamos com as margens que definiram a cultura banto como impura. E ao fazê-lo, o fizemos investindo na formação do capoeirista. Essa geração marcou, profundamente, a história da Capoeira. Os angoleiros tem um entendimento diferenciado da capoeira e não abrem mão da matriz africana desta. É a rejeição nossa sobre o discurso da capoeira que nasce no sistema escravista, de toda uma cultura que responde às mazelas do sistema escravista, que trabalha com um relação de causa efeito. A gente traz um enfoque anterior, até para compreender o porque ela (a capoeira) ganhou essa caracetrização dentro da história do Brasil. E estávamos falando exatamente disso que dentro da Capoeira Angola, a gente pode orientar o olhar para a diversidade dos povos africanos no Brasil. Hoje eu continuo com uma pesquisa em nível de doutorado, sobre Capoeira Angola, também na área de educação e meu trabalho rompe com o silêncio de quase 30 anos.

Inventando Pólvora: Como se dá... por exemplo, o mestre João Grande, não teve a oportunidade de investir nesse meio. Temos conhecimento de algumas histórias do mestre João Grande que dão a perceber uma pessoa com um conhecimento fantástico sobre o ser humano, é bem bonita, por exemplo, aquela fala dele do cuidado que o mestre deve ter com o aluno novo, porque a qualquer momento o mestre pode ser surpreendido. Ou quando, em um questionário feito pelo Programa Nacional de Capoeira (PNC) ele foi o único mestre a não fraccionar o aprendizado da capoeira, tratando de mostrar como o inicado deve entrar em contato com ela toda desde o princípio. Como ficam essas pessoas, fantásticas, mas que não chegaram a ter esse acesso a uma educação formal. Ainda existe a possibilidade de nossa sociedade moderna se comunicar com elas?


Mestre João Pequeno (esquerda) e Mestre João Grande

Foto cedida pela FICA - www.capoeira-angola.org

Contra Mestre Janja: Eu acho que sim. Não podemos esquecer que a capoeira como esporte descarta aqueles fora da idade atlética. Nós trouxemos de volta ao cenário da capoeiragem a importância de refletir sobre o passado da capoeira. Se você pensar a geração de Mestre João Grande, de Mestre João Pequeno, de Mestre Curió, eles não tiveram acesso às formas oficiais de educação e nosso país não tem uma tradição sobre a importância destes memoriais vivos, não o valorizou ao ponto dele permanecer no Brasil, ele (Mestre João Grande) tá nos EUA e hoje vive uma outra realidade, inclusive do ponto de vista da auto-estima, da dignidade dele. A diferença da minha geração de capoeira é que nós, não tínhamos acesso, poderíamos ter acesso: quando começamos no GCAP, eu e Paulinha éramos as duas únicas que estávamos na universidade e éramos as mulheres chegando e o grupo percebeu um diferencial que a capoeira não estava acostumada: a presença da mulher falando e atuando enquanto capoeirista. E quando nós iniciamos a "cruzada contra a ignorância", tínhamos a compreensão que muito da juventude, falo especificamente do povo negro, porque era essa a parcela com a qual nós trabalhávamos na Bahia. Muitas dessas pessoas vivem aquilo que que poderíamos chamar de "desistímulo por desalento": como a pessoa não tem referências, ela não acredita na possibilidade de tentar e nós produzimos a derrubada desse muro dos desalentos, a gente levava a possibilidade de que isso pudesse acontecer, porque nossa origem era a mesma deles. E a partir daí foi que nós começamos um trabalho, produzindo novos pensares que tiveram como resultado o entendimento de uma geração, de um grupo q se fortaleceu por laços de cooperação, amizade, de um fazer coletivo, ou seja: tenho um compromisso com os meus, existe uma militância voltada para a promoção destas pessoas que socialmente tinham mais dificuldades e nós saíamos buscando fazer com que o nosso conhecimento ou pelo menos o fato de estarmos posicionados num espaço que para este grupo era fechado, como é a universidade, que faça algum sentido para a nossa militância. Somos acusados por alguns capoeiristas de que entregamos a Capoeira Angola para os intelectuais. Na realidade, os capoeiristas angoleiros que descendem dessa matriz, eles se fizeram intelectuais dentro da capoeira, pra que eles se sentissem melhor aparelhados para enfrentar uma estrutura institucional. Mas se alguns acham que isso quebra com a “pureza” da nossa tradição, discordo, se a gente pegar a história do Brasil e pensar todos os lugares onde a capoeira chegou, ela chegou exatamente pela capacidade de fazer uma leitura do entorno no qual o capoeirista estava inserido. Se num determinado momento ela se prestou à guarda nacional da princesa Isabel, ou se forçosamente esteve na guerra do Paraguai ou se constituiu as maltas que sustentaram enquanto bases armadas, aos liberais e aos conservadores na época da movimentação republicana, é uma prova de dinamismo, do entendimento do capoeirista, sobre o seu contexto. E a nossa briga hoje é por nós conhecermos essa trajetória da formação oficial é que a gente não admite que algumas imposições sejam colocadas, que é o caso do Conselho Nacional de Educação Física que vem querendo obrigar a formação dos professores de educação física (como pré-requisito para que possam ser professores de capoeira). E aí quanto mais a gente pode levar de inquietações para o mundo acadêmico ou para a capoeiragem ou para o mundo artístico, a gente tem feito. Eu ficaria muito preocupada hoje se o capoeirista não entendesse que esses níveis de educação formal fazem parte de um estilo de jogo fundamental pro capoeirista. Afinal, a gente não se organiza mais em maltas. Infelizmente (risos).


desenho de Mestre Pastinha

Inventando Pólvora: Você falou agora que teve de chegar à universidade e apresentar a Capoeira Angola. Adaptar-se é uma das características da Capoeira Angola que você nos citou até aqui. Sobre quais outras características você poderia nos falar?
Contra Mestre Janja: Não sei se uma característica da Capoeira Angola é adaptar-se ao meio, porque quando você fala em adaptar-se parece que o meio ta lá, “imexível” (risos). Acho que a força dessas tradições é a de produzir fissuras em sistemas aparentemente imexíveis. Por exemplo: São Paulo prima pelo individualismo e imediatismo, então nós chegarmos aqui e implantarmos um trabalho de Capoeira Angola onde essas noções são quebradas, significa uma fissura em um sistema aparentemente hermético. Para o mundo dos ganhos materiais a gente só perde, mas pra outros mundos, não. Ela privilegia, se maximiza na estrutura do grupo. Ou seja, mais do que o significado de eu estar junto é o sentido de eu estar junto, de fazer com: é quebrar uma definição dada para se estar e ser numa cidade como São Paulo. Cedo ou tarde a universidade será sacudida a ponto de ter que admitir que existe, de seu portão para fora, fervilhando, outros modelos societais, que de certa forma se manifestam em oposição aos modelos eurocêntricos, inumanos, a universidade vai ter que admitir a “antropologia do seu portão”, novas ciências, hoje está você inserido num contexto de mundialização, a través de um sistema de comunicação, trazido principalmente pela internet onde você sabe qual é o potencial de transformação que tem as tradições para a formação de identidades de um povo.

Inventando Pólvora: A radicalidade da indivudalidade do ser humano o respeito pela novidade que uma pessoa pode significar é algo que creio perceber na Capoeira Angola, que a qualquer momento você pode jogar com uma pessoa que te mostre uma outra maneira de sentir o mundo. Como você vê isso?
Contra Mestre Janja: Eu não usaria “individualidade”, que de certa forma se constitui em um termo de desumanização, peço licença para usar o termo “individuação”, no sentido junguiano de que cada indivíduo prossiga as suas marcas que são produzidas, que estão nos seus arquétipos, na sua ancestralidade, que o torna singular. A individuação privilegia esse sofrimento que é saber sobre si próprio, pela aceitação ou rejeição mas é um processo de auto-reconhecimento em que eu só compreendo aquilo no qual eu me vejo. O que torna o capoeirista um bom capoeirista é o seu processo criativo e este é único para cada momento, é criativo no sentido mais amplo, tal vez da forma como é dito que Deus criou o mundo ou como um pintor pinta um quadro e não pintará outro igualzinho, é esse o processo criativo que é o grande empreendimento da Capoeira Angola, por isso ela passa pela individuação, todo processo criativo está relacionado ao entendimento, no meu caso, por exemplo, ao entendimento de mim mesma aquí e agora e o sentido disso, não tanto o significado. Cada pessoa que vem diante de mim é uma pessoa diferente, como cada uma delas me obriga a ser diferente, a relação é de cumplicidade absoluta. O Mestre João Grande ensinava pra gente assim: “olha quando você descer no pé do berimbau e apertar a mão do outro, antes de qualquer coisa, se diga: ‘ele é melhor do que eu”, porque como a gente está nesse universo de criação em algum momento, se você pensar como uma estrutura de pergunta e resposta, eu posso pensar numa pergunta que ele não tem resposta e ele pode fazer uma pergunta que minha resposta não apareça. O nosso grande exercício é ter habilidade e criatividade e entrega para discutir com o outro o tempo todo. Você tem que no dia a dia da prática da capoeira, se jogar para se hoje você constrói, digamos, essa casa, amanhã vai ser o trabalho de desconstruí-la, porque você vai precisar dessas peças pra construir uma outra. Você lida com um aprendizado de uma técnica, para desmoronar a técnica em função da criatividade, porque o belo está no criativo, não na técnica. Então a beleza neste caso é uma das referências maiores que se busca quando se entra no jogo, numa roda de capoeira, você quer a beleza com letras maiúsculas, a beleza que na realidade não é nada mais que o seu encontro com o sagrado, é o seu Deus vibrando dentro de você, você sair da roda de capoeira, é você sair e dizer “poxa, que maravilha, aquele cara me deu uma cabeçada que foi uma perfeição”, então, na medida em que você tem a possibilidade de estar inserido num grupo de capoeira que privilegia esses valores, você tá pra essência da Capoeira Angola, quando esses valores entram no esquema do individualismo, ‘pouco tempo’, mídia, aí acho que tudo isso fica comprometido. E a novidade hoje: dentro da Angola existem suas prórpias linhas, vem uma garotada com uma angola mais rápida, né? Angola de microndas, fast-food. Porque está buscando na superfície os sinais diferenciados. Eu acho que as pessoas, se querem chegar e fazer, que façam, a Capoeira Angola exige tanta dedicação, tanto compromisso que, se o trabalho dessas pessoas derem certo é porque em pleno caminho elas encontraram compromisso e dedicação. Na época que comecei, as pessoas tinham vergonha de dizer que eram angoleiros,que eram de candomblé, hoje em dia isso é status, qualquer um pode entrar no Candomblé ou na capoeira Angola, depois a gente sabe quem fica. Com certeza chega um momento em que o próprio candomblé, a própria religião, a própria capoeira, ela dá uma peneirada...


Contra Mestre Janja

Foto cedida pelo FICA: www.capoeira-angola.org
...todos esses elementos que fazem da Capoeria Angola uma prática iniciática, filosófica, , que te joga para outros modelos interpretativos ou pedagógicos que vem da espera, da escuta, da formação do grupo, de um entendimento de uma linhagem, de pertencimento a um tronco, essas coisas, infelizmente, “mestre Toshiba” não pode oferecer. Eu teria um problema, que passaria por uma frustração se uma das pessoas que faz parte do grupo que eu coordeno não compreendesse isso, porque o dinamismo desse modelo de iniciação da Capoeira Angola põe por terra a distância que me separa deles, não sou professor que vomita a verdade. Eu sou uma pessoa que se entregou a mudanças com eles. Tudo o que tenho a mais é tempo de vivência, só. E esse tempo de vivência é orientado pelo tempo de vivência dos meus mestres que depuraram na sua linguagem, no seu ensinamento, o que sabiam e o que não sabiam, o que era bom e o que não para a minha formação, que é o que eu tento também fazer. No mais, estamos no tempo.

Inventando Pólvora: Quer dizer alguma coisa mais?
Contra Mestre Janja: Sou apaixonada por Capoeira Angola, mais do que apaixonada, fomos levados a acreditar que paixão é coisa fugaz, que uma substitui outra, eu acho que elas convivem. Tenho uma crença na capacidade que a Capoeira Angola tem de entendimento do processo de individuação que é fundamental, porque ela entende os nossos códigos culturais que necessitam do nosso corpo, desbanalizado, desmarginalizado, da nossa alma, do nosso entendimento espiritual sobre o próprio corpo, sem uma leitura piegas, sem leituras forçadas vindas de fora, que está aí, no dia a dia, o necessário é apenas retomar um entendimento do valor da importância disso. A Capoeira Angola, provavelmente, tenha ainda por muito tempo esse comportamento de pequenos grupos, de comunidades muito fortes. Cada pessoa é cada pessoa, o entendimento sobre isso eu acho que é uma compreensão maravilhosa de convivência e acho que a capoeira pode trazer para várias áreas do conhecimento muitas novidades, alías, nada de novo - a não ser naquilo que desmistifica as hegemonias. A única coisa que eu tenho um grande cuidado é que a exemplo de alguns jornalistas, que põem na cabeça que o que dá ibope para a Capoeira Angola é ser contrário à Regional ou vice-versa e assim ele cria grupos estanques. Como disse, a gente prima pela diferença, existe um compromisso histórico e ideológico de mostrar a Capoeira Angola dentro da sua inserção histórica no Brasil e trazer à tona os elementos que dão sustentação aos seus princípios de resistência cultural, acho que é fundamental comprender que existe uma tradição que num determinado ponto, dados vários momentos de perseguição, surge um modelo interpretativo sobre essa tradição que impõe novas mudanças, mas que aquela tradição, originária, ela se mantêm.

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